quarta-feira, 11 de março de 2009

Sobre um bom título

(Enquanto isso, asso um suflê
de cenoura e folhas de mostarda,
no forno, claro!)

O rosto que sorri, em termos de título, me levou a pensar sobre outros títulos de filmes. Isso ocorreu depois de mais um encontro com o time de professores que orienta nosso TCC, em ordem alfabética: Eduardo Wanmacher, Gustavo Spolidoro, Ivana Verle e João Guilherme Barone.
Enquanto tentava me concentrar na busca randômica de títulos, o único que me passou pela cabeça foi um filme que eu adoro, Qui êtes-vous, Polly Maggoo? (Quem é você, Polly Maggoo?), dirigido pelo fotógrafo (de moda) William Klein, em 1966. Concluí que os títulos, por mais estranhos que nos pareçam, tem que se justificar e isso é o bastante. Quem já viu Qui êtes-vous, Polly Maggoo, sabe o que quero dizer (na verdade o filme jamais foi lançado oficialmente no Brasil). O título é justificado, pois o filme tem um tom de magazine de variedades (no sentido mais iconoclástico possível) e Polly Maggoo, uma manequim estadunidense em visita profissional a Paris, se vê frente a essa pergunta.

E agora tenho que cambiar a prosa e lamentar - como é que não se exibe ou se lança (em DVD mesmo) esse filme no Brasil? Eu assisti na P.F. Gastal, em 2005 ou 2006, durante um evento de moda. A exibição tinha uns cinco corajosos; o desfile de modas simplesmente fez o espaço da Sala P.F. Gastal parecer um curral de fashion victims prontas para o abate (ou para as compras). No filme há participaçoes de Ivan Nabokoff², Fernando Arrabal e Roland Topor³ - querem mais? Então dirijam-se a major mais próxima e solicitem o lançamento em DVD de Qui êtes-vous, Polly Maggo? no Brasil, agora mesmo!

(O suflê ficou pronto!)

¹Ivan, nesse caso, o marido da Helena Roitman - aquele que ela procura num bolso, procura no outro, e não encontra, sabe?
²Primeira e única aparição cinematográfica, segundo o data base IMDb.
³Primeira, dentre inúmeras aparições, segundo o mesmo data base. Dentre várias histórias, Topor escreveu e Polanski filmou Le locataire (O inquilino)... aliás, apenas li livro (que, por sinal, a senhorita dona Janaína ainda não devolveu).

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